O livro da Selva – Rudyard Kipling

Disponibilizamos aqui “O livro da selva” do aclamado autor britânico Rudyard Kipling. Baixe o livro completo no link abaixo.

RUDYARD KIPLING nasceu em dezembro de 1865 em Bombaim (hoje Mumbai). Foi levado para a Inglaterra em 1871 com a irmã mais nova, Alice, e deixado durante cinco anos com uma família de criação de Southsea que submetia ambos a maus-tratos. Depois desse período, foi mandado para o United Services College em Devon, o internato que ele descreveu com grande afeição no livro Stalky & Co. (1899). Kipling voltou à Índia no outono de 1882 para trabalhar como repórter. Os poemas, ensaios e contos que escreveu durante os “sete anos difíceis” passados naquele país, sobretudo a série Plain Tales from the Hills, publicada em livro em 1888, fizeram com que o autor imediatamente ganhasse uma boa reputação e, a partir de sua chegada a Londres em 1889, se tornasse uma celebridade literária no mundo todo. Sua fama aumentou com os contos impressionantes da coletânea Life’s Handicap e com a originalidade de Barrack-Room Ballads (1892), cujos poemas “Mandalay ”, “Tommy ” e “Gunga Din” se tornaram imensamente populares nos music halls, que, assim como os hinos e as baladas, foram uma influência duradoura nos versos de Kipling. Em 1892, Kipling casou-se com a americana Caroline Balestier e viveu com ela em Vermont por quatro felizes anos, durante os quais nasceram suas filhas Josephine e Elsie, e nesse período o autor escreveu algumas de suas melhores obras, entre elas os dois Livros da Selva (1894 e 1895). Eles se mudaram para a Inglaterra em 1896. Primeiro moraram em Rottingdean, East Sussex, onde nasceu seu filho John, e depois numa casa chamada Batemans, na cidadezinha de Burwash. Kipling continuou a viajar muito com a família, passando quase todos os verões entre 1898 e 1908 na África do Sul. Numa viagem a Nova York em 1899, sua filha Josephine, então com seis anos, morreu de pneumonia, doença da qual Kipling mal escapou com vida. Kipling publicou sua obra-prima, Kim, em 1901, e a coletânea de contos Histórias assim em 1902. Voltou aos temas de anglicismo e história nos livros infantis Puck of Pook’s Hill (1906) e Rewards and Fairies (1910), misturando poemas e contos de modo a criar um efeito intertextual sutil. Seus contos para adultos escritos depois de 1900 têm como foco a vida de pessoas comuns, numa combinação única de reação criativa às novas tecnologias de comunicação do século XX com um forte senso de imaginação para o estranho e o encantamento, intensificado por seu estilo claro e sem rodeios. Seus poemas públicos, entre eles “Recessional”, “O fardo do homem branco” e “The Islanders”, todos publicados no Times, pregavam as virtudes do patriotismo e do dever. Kipling sempre se identificou com os governantes e oficiais do Império Britânico, embora jamais tenha trabalhado para eles (recusou tanto o título de cavaleiro quanto a Ordem do Mérito). Contudo, sentia uma profunda simpatia por crianças, pelos fora da lei e forasteiros, tipos nos quais muitas vezes empenhava suas melhores energias como escritor, como fica evidente na vitalidade e sutileza de Os livros da Selva e Kim. Ele apoiou com veemência a Guerra dos Bôeres, sobre a qual escreveu artigos e propaganda militar; isso e o recrudescimento de suas opiniões políticas conservadoras após 1900 o tornaram cada vez menos popular junto a liberais e anti-imperialistas. A aversão era recíproca. Seus livros continuaram a vender e a ser lidos em todo o mundo, e ele recebeu doutorados honoríficos de diversas universidades e o prêmio Nobel em 1907, mas jamais voltou a ter a reputação brilhante que possuíra na década de 1890. Durante a Primeira Guerra Mundial, Kipling continuou a ser um escritor profundamente patriótico, mas depois de perder o filho John na Batalha de Loos, em 1915, tornou-se um homem mais reservado. Ainda assim, teve um papel importante na Comissão de Túmulos de Guerra, com a bem-sucedida defesa de tratamento igual para todos os postos e a escolha de inscrições para os memoriais. Ele próprio celebrou os mortos com o comovente poema “Epitaphs of the War” e o livro History of the Irish Guards in the Great War (1923), um relato sobre o regimento do filho. Seus últimos contos a lidar com a perda e o luto foram escritos com uma perspicácia e uma sutileza nem sempre percebidas por leitores contemporâneos. Kipling faleceu em 1936.

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